terça-feira, 24 de maio de 2011

Curva

Oh curva desnaturada
Estás onde não podias
Por pouco não foste o ponto
Do ponto final dos dias
Mas tu também não ficaste
Pra trás no meu pensamento
Como qualquer boa curva
Que aos poucos vai ficando turva
Dobrada no esquecimento.

Pra que é que serve uma curva
Se não for pra mudar
O rumo da direção
De quem deseja dobrar?
Eu só queria benzer
Esse local dessa estrada
Naquela curva imprudente
Que fez essa vida da gente
Ficar sem ser engraçada.

Será que curva tem mãe?
Será que ela deixaria
Um filho dela fazer
Aquela malfeitoria?
Não há quem possa dormir
Em paz em qualquer colchão
Sabendo que a mãe da gente
Padece, meu deus, inocente
Sofrendo sem precisão.




PC Silva


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